Candidato a deputado federal, Junior Orosco é entrevistado pelo Jornal Opinião Pública
Encerrando a série de entrevistas com os candidatos a deputados estaduais e federais da região, o Jornal Opinião Pública conversou nesta semana com o empresário Junior Orosco (União Brasil), postulante a uma vaga na Câmara Federal.
O administrador e empresário de 43 anos disputa o cargo pela segunda vez consecutiva e busca assumir uma cadeira no Congresso Nacional após quase consegui-la no pleito anterior. Em 2018, Orosco teve pouco mais de 30 mil votos, quantidade que seria suficiente para elegê-lo. Porém, a Justiça Eleitoral anulou sua votação e ele não conseguiu assumir o cargo.
Se dizendo mais experiente para a disputa deste ano, Orosco falou ao Jornal Opinião Pública sobre a necessidade de articular a vinda de mais investimentos para a região, sobre a importância de Mauá voltar a ter representatividade na Câmara Federal e como tem sido o trabalho de conciliação política proposto por sua campanha.
Jornal Opinião Pública - Qual a sua motivação para se candidatar a uma cadeira na Câmara dos Deputados em 2022?
Junior Orosco – Pela questão da representatividade do Grande ABC, que é muito baixa. Eu acredito que, estando na Câmara Federal, poderemos conseguir ajudar as cidades da região a serem melhor lembradas quando houver destinação de recursos do Governo Federal para todos os municípios. O ABC precisa estar sempre em foco, pois é uma região que ainda tem muito a se desenvolver, que tem muitas pessoas que precisam de um serviço público de qualidade que hoje não há. Só temos, de fato, deputados federais de uma de nossas cidades, que é São Bernardo do Campo.
JOP – O senhor já definiu como seu trabalho será desenvolvido em caso de um possível mandato?
JO – Primeiramente precisamos resgatar a imagem da nossa região como um local de potencial para investimentos, tanto da iniciativa privada quanto do próprio Governo Federal, para que possamos voltar a gerar emprego, deixar de perder indústrias, como perdemos, por exemplo, a fundição Tupy em Mauá. Precisamos ter no ABC a pujança que já tivemos um dia pela força de nossa região. Estamos a 40 minutos do Porto de Santos, 40 minutos do Aeroporto de Guarulhos. Por que as empresas vão se instalar em cidades do interior e não se instalam aqui? Então o trabalho que pretendo desenvolver na Câmara Federal, se eleito, vai ser para dar visibilidade para nossa região, trazer investimento e infraestrutura para que a região possa atrair novamente indústrias, comércios e empregos, e se desenvolver socialmente a partir daí.
Faz 40 anos que Mauá não tem um deputado federal e precisamos mudar essa realidade. Espero que não só eu, mas que outras candidaturas de Mauá também prosperem para representarmos a microrregião formada com Ribeirão Pires, Rio Grande da Serra e até mesmo Santo André.
JOP – Essa é a segunda eleição da qual o senhor participa, além de também ter uma certa vivência no mundo político e ainda possuir uma trajetória profissional ligada à gestão privada. De que forma essas experiências podem te auxiliar em uma possível legislatura?
JO – Eu já vivi bastante na política para não cair mais em ciladas que eu vejo muitos políticos de primeira ocasião caírem, pela vaidade, pela força que o poder adquirido por meio de uma eleição vem exercer sobre a personalidade de cada um. Tenho absoluta certeza de que o Junior eleito deputado federal continuará sendo o mesmo Junior que sempre foi coordenando campanhas, fazendo campanha, tendo disputado a eleição e ganhado sem levar. Isso me deu muita experiência para, com muita humildade, exercer o cargo em prol das pessoas que vão confiar na gente, caso tenhamos essa expressiva votação e cheguemos à vitória.
JOP - Conhecendo a população do Grande ABC e os problemas enfrentados na região, quais seriam, na sua visão, as principais demandas do eleitorado neste momento e de que forma o trabalho de um deputado federal pode saná-las?
JO – Através da intermediação de investimentos. O que eu falo para as pessoas é o seguinte: pagamos muitos impostos pelo que consumimos em nossas cidades, mas acontece que grande parte desses impostos fica nos cofres do Governo Federal e depois são redistribuídos. Hoje, a redistribuição para Mauá, Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra é injusta porque como não temos representatividade há muito tempo, não recebemos a mesma quantidade de investimentos que outras cidades que têm deputados federais recebem. Vou dar um exemplo: durante a pandemia, o presidente da República precisou aprovar um orçamento emergencial para destinar recursos extraordinários para os municípios. Santo André, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra ganharam uma tenda para atender a população que não tinha leito para ser atendida. São Bernardo do Campo, por ter dois deputados federais, ganhou três hospitais permanentes que estão até hoje atendendo.
JOP – Existe uma(s) área(s) específica(s) na(s) qual(is) o senhor deseja focar seu trabalho como deputado, caso eleito?
JO – Quero trabalhar muito pela Defesa da Criança. A construção de uma rede de proteção integral das crianças, envolvendo os equipamentos públicos que teoricamente têm esta missão, mas também com entidades privadas, como clubes de várzea de futebol, com escolinhas, academias de dança, academias de artes marciais, para que as crianças que hoje estão em situação de grande vulnerabilidade, por não estarem na escola em período integral, possam ter um atendimento digno dentro de entidades privadas, mas com apoio governamental e também com o amparo dessas outras entidades de proteção às crianças para que elas possam ter um destino na vida. Não é formar um atleta, uma dançarina ou um super campeão da matemática, é formar o cidadão.
Hoje vemos pelas cidades que muitas crianças estão abandonadas pelo serviço público. Não passamos um farol sem ver crianças pedindo dinheiro, vendendo balinhas e sabemos que se este for o exemplo que daremos para essas crianças, amanhã não poderemos reclamar dela com uma arma no farol assaltando um cidadão, pois foi aquilo que ela aprendeu. A minha atuação parlamentar vai ser muito focada nesta questão da proteção às crianças, ao investimento para as cidades e para estruturar os municípios para receber investimentos privados para gerar emprego e renda.
JOP – Em pleitos recentes, o Grande ABC vem elegendo poucos representantes, comparado ao número de eleitores e importância da região, tanto na esfera estadual quanto na federal. Em sua opinião, quais são os motivos para esse fenômeno?
JO – Primeiro de tudo é porque brigamos demais aqui. A política da nossa região é bélica, não é uma política de construção. Mas eu procurei fazer, nesta campanha, a construção de uma ponte que, se Deus quiser, não será mais destruída. Eu converso com quem é da oposição, com quem é da situação, não olho partido político, dobro com todos os candidatos a deputado estadual da cidade, temos uma política construtiva e até com os próprios candidatos a deputado federal procurei construir uma política respeitosa, porque se eles forem eleitos também, espero que possam trabalhar pela construção de uma cidade melhor.
Tenho a capilaridade que mostra que a nossa evolução política passa por esse diálogo franco entre todas as forças da cidade que precisam ter um objetivo só. Ninguém pode disputar uma eleição pensando na próxima. Precisamos disputar pensando em melhorar a cidade. Eu quero ser deputado federal e ter um mandato de trabalho por uma conciliação política que a gente chegue ao objetivo de ter uma cidade melhor.
JOP - De que forma é possível mudar esse cenário para que o ABC volte a ter uma representatividade maior em Brasília?
JO – Se todos remarem para o mesmo lado, nós temos uma cidade que pode voltar a ter a representatividade que não temos há 40 anos. Esses votos de Mauá que vão para fora toda eleição se dão por uma desunião da classe política, que vem sempre prejudicando. E quando vamos depois, para o plano municipal eleger o prefeito, temos sempre uma eleição de guerra e o que ganha tem uma oposição tão fratricida, que torce para que quanto pior ele for, melhor. E o povo vai sempre sofrendo, porque as políticas públicas, que precisam chegar na ponta onde está o povo, não chegam.
A minha ideia é fazer essa conciliação. Não quero olhar partido, viés ideológico, eu quero ajudar a cidade de Mauá. Essa é a grande força nesta eleição.
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